Pedagogia Hospitalar
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Pedagogia Hospitalar
Pedagogia Hospitalar: conheça as possibilidades na área
Você está cultivando a ideia de cursar Pedagogia? Então precisa conhecer a Pedagogia Hospitalar. Isso mesmo: a atuação do pedagogo não se restringe ao ambiente escolar. É possível seguir carreira em Pedagogia Hospitalar e fazer a diferença na vida de crianças e adolescentes hospitalizados.
Mas atenção: a Pedagogia Hospitalar não se trata apenas em ampliar o espaço da sala de aula. Esse ramo pedagógico gera diversos outros benefícios para os envolvidos no processo de hospitalização do paciente.
A Pedagogia Hospitalar leva o ensino e a aprendizagem a crianças e adolescentes impedidos de frequentar a escola por motivos de saúde. O objetivo é garantir que eles não sejam prejudicados nos estudos. Vamos ver um exemplo para entender melhor esse ramo da Pedagogia?
Imagine um adolescente que sofreu um acidente e está hospitalizado, com o seu braço dominante fraturado. Sem poder usá-lo nos meses que passar no hospital fazendo tratamento, ele pode perder o ano escolar.
Para ele não ser prejudicado e conseguir acompanhar a sua turma, a Pedagogia Hospitalar entra em cena. Os profissionais desse ramo que atuam no hospital entram em contato com o médico responsável, com a família e com a escola para iniciar as atividades pedagógicas com o adolescente.
Como ele está com o braço dominante imobilizado, precisa aprender a escrever com o outro braço. Sabendo disso, o professor e o pedagogo hospitalar desenvolvem atividades adequadas para o adolescente adquirir essa habilidade e conseguir realizar as mesmas tarefas que seus colegas de turma durante o período de internação.
Você encontra outro bom exemplo do trabalho da Pedagogia Hospitalar no estado do Paraná. O reconhecido Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar (Sareh) atende crianças e adolescentes internados em hospitais públicos de diferentes cidades paranaenses.
Existem oportunidades para atuar em hospitais públicos e privados. Sendo contratado, você poderá realizar atendimento pedagógico a pacientes com problemas de saúde em ambiente hospitalar ou domiciliar. Para seguir carreira na rede pública, você deve prestar concurso para trabalhar em um hospital municipal, estadual ou federal. Para atuar na rede privada, você precisa participar do processo seletivo do hospital.
O pedagogo hospitalar é o líder que faz a ponte entre o hospital, a equipe pedagógica, o paciente, os familiares, a secretaria de educação e a escola onde a criança ou adolescente está matriculado. O pedagogo hospitalar trabalha diretamente no hospital e é o profissional encarregado de:
1 - Consultar o médico responsável para confirmar se o paciente está apto para receber atendimento pedagógico;
2 - Conversar com a família sobre o atendimento pedagógico ao paciente-aluno;
3 - Coordenar e acompanhar as equipes de professores encarregados de realizar atendimento hospitalar e domiciliar;
4 - Avaliar se as atividades sugeridas pelos professores estão adequadas ao paciente;
5 - Selecionar e organizar os materiais usados nos atendimentos pedagógicos;
6 - Incentivar a integração dos professores hospitalares;
7 - Acompanhar o progresso acadêmico da criança ou adolescente, mesmo depois da alta hospitalar para avaliar a efetividade das atividades pedagógicas.
Professor Hospitalar ou domiciliar: É o Profissional que realiza os atendimentos pedagógicos com os alunos em uma sala especial do hospital, no leito, na brinquedoteca ou na residência da criança ou adolescente afastado por problemas de saúde. Ele possui as mesmas responsabilidades do professor tradicional; deve ensinar eficazmente, comprovar a evolução acadêmica dos alunos atendidos e formar cidadãos.
Para os alunos hospitalizados, a aula é uma atividade bem-vinda. Isso acontece porque muitas crianças e adolescentes sentem-se “presos” durante a sua internação. Isto é, devido às condições de saúde, não podem fazer as atividades que tanto gostam.
As aulas funcionam como uma forma de voltar à rotina que tinham antes da hospitalização. As atividades pedagógicas:
1 - Geram momentos de alegria;
2 - Ajudam os alunos a se preocuparem menos com o tratamento;
3 - Aumentam a autoestima das crianças e dos adolescentes;
4 - Ajudam os estudantes hospitalizados a entenderem sua situação atual para colaborarem mais com os pais e profissionais de saúde;
5 - Proporcionam segurança aos pais, que veem o filho recebendo cuidados pedagógicos;
6 - Ajudam a manter o equilíbrio emocional e psicológico para os alunos lutarem melhor contra a doença;
7 - Mantêm os alunos em dia com o conteúdo da sua turma de origem, evitando que atrasem os estudos.
Para os profissionais de Pedagogia Hospitalar, as recompensas estão presentes na sua rotina diária.
Em suas atividades, eles desenvolvem um trabalho mais humano, gratificante e engrandecedor, que faz a diferença na vida dos alunos, de seus familiares e da equipe médica durante o período de hospitalização.
Para trabalhar no ramo, é necessário possuir um diploma de Licenciatura em Pedagogia ou uma pós-graduação em Pedagogia Hospitalar. Somente profissionais graduados podem exercer a profissão de pedagogo ou professor hospitalar.
Além disso, é importante saber que a criança ou o adolescente hospitalizado é a sua prioridade. Os profissionais do ramo trabalham para garantir que o aluno tenha direito à educação e não perca o ano escolar.
Também é essencial adquirir conhecimentos sobre doenças, rotinas, práticas e técnicas hospitalares para preservar a sua saúde e a do paciente-aluno. Por exemplo, o professor deve usar uma máscara cirúrgica para atender alunos internados com tuberculose e luvas para atender estudantes com problemas dermatológicos.
Mas atenção: esses conhecimentos não qualificam você para realizar procedimentos de enfermagem nem ter acesso ao prontuário para discutir diagnósticos. Um bom profissional de Pedagogia Hospitalar sabe que deve concentrar sua atuação nas atividades pedagógicas.
Por fim, você deve prestar um atendimento humanizado. Para isso, é necessário:
1 - Usar abordagens individualizadas, atendendo cada indivíduo de forma diferente;
2 - Chamar o estudante e os familiares pelo nome, escutando-os atentamente e olhando nos olhos;
3 - Respeitar as crenças, desejos e intimidade dos estudantes;
4 - Transmitir confiança e segurança ao apoiar o aluno durante as atividades pedagógicas;
5 - Usar técnicas e práticas pedagógicas adequadas à situação do aluno.
Afinal, o estudante se encontra em uma situação delicada, fora da rotina normal, longe de oportunidades de socialização e, muitas vezes, com limitações de movimentos.
Se colocar no lugar do aluno hospitalizado e de seus acompanhantes para compreender os desafios e limitações que enfrentam ajuda a humanizar o atendimento. Isso permite:
1 - Abordar a família no momento certo;
2 - Estabelecer uma conexão com a criança ou adolescente;
3 - Amenizar conflitos que acontecem no período de hospitalização;
4 - Adotar uma postura positiva, evitando atitudes negativas e pessimistas diante da situação do estudante.
Em outras palavras, o atendimento humanizado ajuda você a ser um profissional transformador: um pedagogo ou professor hospitalar que melhora a situação do paciente, da família e da equipe médica.
Percebe como a Pedagogia Hospitalar é uma área de atuação interessante, que não se resume apenas a ensinar e aprender? É um ramo que também gera benefícios emocionais e sociais para ajudar o paciente a continuar estudando e apresentar melhoras em seu estado de saúde.
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