O trágico Massacre do Carandiru, ocorrido em 2 de outubro de 1992, na antiga penitenciária Carandiru em São Paulo, marcou um dos capítulos mais sombrios da história prisional brasileira. Durante uma rebelião no Pavilhão 9, a Polícia Militar foi acionada e, lamentavelmente, 111 detentos perderam a vida e mais 110 ficaram feridos devido aos 3,5 mil tiros disparados. As ações policiais enfrentaram críticas severas nacional e internacionalmente, apontando para o uso excessivo de força. O comandante da operação, coronel Ubiratan Guimarães, foi condenado, mas sua sentença posteriormente foi revertida. O Carandiru foi fechado uma década após o massacre, desencadeando uma revisão abrangente da política prisional em São Paulo¹⁴.
As causas da rebelião revelaram uma série de fatores complexos e multifacetados, incluindo superlotação, condições desumanas, violência entre detentos, falta de ações de ressocialização, além de tensões étnicas e de gangues. A combinação desses problemas agravados culminou em um evento de extrema violência, destacando a urgência de reformas no sistema prisional brasileiro para prevenir tragédias semelhantes no futuro.
Faz muito tempo que não se houve falar no terreno do Carandiru